Por um acaso você já se perguntou como foi que a seu vício em apostas começou? Essa é uma dúvida muito comum entre os jogadores patológicos e a resposta para o questionamento ainda pode te ajudar a ter um melhor processo de recuperação.

O vício em apostas, assim como outros transtornos, não se desenvolve de um dia para o outro. Na maior parte dos casos, é um processo gradativo que evolui aos poucos através de influências externas, emoções, predisposição, promessas de ganhos rápidos e até mesmo fatores biológicos.

Neste artigo, você vai descobrir quais fatores podem levar à compulsão por apostas e como reconhecer os sinais da ludopatia. Dessa forma, ficará mais fácil de entender o seu caso e perceber se o jogo deixou de ser só uma diversão. Veja a seguir os motivos mais comuns

1. Quando já há um outro vício

O primeiro fator para o surgimento da ludopatia é o histórico de vícios e compulsões na vida do jogador. Em muitos casos, o vício em apostas costuma vir acompanhado de outras dependências, como álcool, drogas, compras exageradas e até mesmo uso excessivo de redes sociais.

Todas as dependências citadas tem um ponto em comum com o vício em apostas: o desejo por satisfação imediata. Isso acontece porque os estímulos liberam dopamina, o hormônio do prazer, e ele é responsável por alimentar o ciclo da compulsão.

Com o tempo, cada uma dessas dependências desencadeia em uma resposta química e emocional no cérebro, tornando mais difícil controlar o impulso pelo estímulo. 

2. Saúde mental abalada

Outro motivo bem comum entre os jogadores patológicos que desenvolvem a compulsão por apostas é estar com a saúde mental abalada. Muitas dessas pessoas costumam sofrer com depressão, ansiedade, tristeza e até mesmo tédio.

Por conta dessas emoções, é comum buscar em alguma atividade uma forma de fugir dessa realidade. O jogo gera para a pessoa um alívio, uma adrenalina ou esperança passageira, que costuma durar minutos. Com isso, o jogador tenta obter mais vezes essa sensação.

O problema é que esse alívio tem um preço caro. Depois que o efeito passa, vem a culpa, o prejuízo e a vontade de apostar de novo para tentar compensar as perdas. E é aí que se inicia um ciclo perigoso de compulsão.

3. Fator biológico e influência do ambiente

Sim, a predisposição também é um fator decisivo para desenvolver o vício em apostas. E pode acontecer das seguintes maneiras: através da própria genética e das experiências de vida.

Para o caso de quem cresceu em ambientes com histórico de dependência, traumas ou pouco acolhimento emocional, é normal ter mais dificuldade de lidar com os impulsos.

4. Exemplo e pressão de quem está por perto

O quarto fator da lista é bastante similar ao anterior, quando comparamos com a influência do ambiente. Neste caso, os exemplos e a pressão de quem está por perto do jogador no presente momento são decisivas para despertar o interesse e os gatilhos.

Essa motivação pode vir a partir de amigos, colegas, familiares e, principalmente, influenciadores. E a pressão, muitas vezes, vem disfarçada de diversão e promessas de vitórias, omitindo a parte ruim dos jogos, como as perdas. 

5. Tentação da facilidade de acesso

Por último, está a tentação da facilidade de acessar as milhares de plataformas de apostas disponíveis na internet. Basta um smartphone e uma conexão de dados para se cadastrar rapidamente em um site e começar a jogar. 

Além disso, as plataformas também buscam formas de chamar a sua atenção e despertar o seu interesse por apostar. Isso acontece através de bônus, sorteios, propagandas com celebridades e muito mais. E mesmo com as ferramentas de bloqueio disponibilizadas pelo Jogo Responsável, o acesso continua quase irrestrito. 

Quais são os sinais do vício em apostas?

Ser capaz de identificar os sinais da compulsão é muito importante para descobrir se você ultrapassou o limite da diversão. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), este são os indicativos claros de que uma pessoa está com ludopatia:

• preocupação excessiva com apostas;
• apostas servem como escape dos problemas da vida;
• mente para as pessoas sobre o quanto gasta e se aposta;
• aumenta o risco e a frequência por prazer;
• sofre consequências na vida pessoal e profissional;
• fica irritado se não apostar;
• e não consegue parar de apostar.

Como quebrar o ciclo do vício em apostas?

Saiba que você já deu os primeiros passos para interromper o ciclo do vício em apostas e retomar o controle. Entender a origem por trás da sua compulsão e reconhecer que você tem um problema é essencial para dar início a sua jornada para superar a ludopatia.

Depois dessas etapas iniciais, é hora de construir uma rede de apoio para te ajudar durante o processo de recuperação. Converse com amigos e familiares que você mais confia e explique a situação que você está enfrentando. Depois, busque apoio com os profissionais do Instituto de Apoio ao Apostador.

O IAA é especialista na prevenção e tratamento do vício em apostas, com psicólogas experientes no tema e prontas para te oferecer todo o suporte necessário. Os serviços disponíveis são: atendimento individual, salas de apoio coletivas, consultoria financeira e materiais informativos sobre a ludopatia.

E o melhor de tudo é que a maior parte dos suportes oferecidos são gratuitos. Portanto, não perca tempo e inicie agora o seu atendimento. Estamos prontos para te ajudar!